As Melhores Fontes de Gordura para Estimular a Testosterona
Apesar de parecer contra producente, o consumo de gorduras pode ajudar a melhorar seu físico, desde que você não a consuma em toneladas, o que acarretaria no aumento de sua gordura corporal, se consumir o tipo certo de ácido graxo, que estimula a produção de testosterona, poderá se beneficiar com ganhos de massa muscular e saúde.
Os ácidos graxos são ácidos carboxílicos com grandes cadeias de átomos carbonos ligados. Eles parecem em três formas principais: saturados, monoinsaturados e poliinsaturados. Os ácidos graxos saturados não contém ligações duplas em suas cadeias de átomos de carbono, enquanto que os monoinsaturados e poliinsaturados contém uma ou mais ligações em suas cadeias, respectivamente.
As ligações duplas nos monoinsaturados e poliinsaturados alteram significativamente sua estrutura química. Os ácidos graxos podem entrar nas membranas celulares, incluindo as células dos testículos onde a testosterona é produzida. Quando um ácido graxo diferente se incorpora a uma membrana celular, as diferenças em suas respectivas estruturas químicas mudam o comportamento dessa membrana.
Por exemplo, estudos prévios demonstraram o efeito estimulante que certos ácidos graxos exercem no transporte de colesterol para as células testiculares. Como o colesterol se converte em testosterona nas células do testículo, maiores níveis de colesterol geraram maiores níveis de testosterona.
Um estudo recente realizado por Hurtado de Catalfo mostrou que a consumo de azeite de canola ou azeite de oliva (principalmente ácidos graxos monoinsaturados e poliinsaturados) alteram a composição das membranas das células testiculares, e esta mudança de ácidos graxos nas membranas das células, estimulou o transporte de colesterol nas células testiculares produzindo níveis mais altos de testosterona.
Esse mesmo estudo também mostrou que a utilização de suplementos alimentares com certos ácidos graxos poliinsaturados, comparados com monoinsaturados e saturados, inibem a atividade de enzimas crucias que fazem parte da bio síntese da testosterona. Essa diminuição na atividade enzimática pode ser correlacionada a inibição da produção de testosterona. Em resumo, esse estudo indica que uma dieta rica em ácidos graxos saturados e monoinsaturados estimulam a produção de testosterona, enquanto que certos ácidos graxos poliinsaturados parecem diminuir a produção do hormônio.
Apesar do estudo anterior demonstrar que a ingestão de certos ácidos graxos poliinsaturados podem comprometer a produção de testosterona, um outro estudo demonstrou que o ácido graxo derivado do ácido linoleico omega-6, conhecido como CLA, aumenta a produção de testosterona. No estudo, a suplementação de CLA em combinação com os exercícios de resistência geraram um aumento maior de testosterona do que o exercício por si só. Essa pesquisa sugere que a ingestão do suplemento CLA aumenta a produção de testosterona, porém, os detalhes moleculares ainda são desconhecidos.
Um novo estudo foi feito em relação ao CLA para tentar descobrir quais mecanismos moleculares agem nesse processo de aumento da testosterona. Em laboratório, os cientistas demonstraram que o CLA possui atividade anti aromatase, o que aumentaria diretamente a produção de testosterona evitando a conversão da mesma em estradiol, e, por consequência, estimula os níveis de testosterona.
Gordura em Excesso Reduz o Crescimento Muscular
A dieta anabólica pode se beneficiar da ingestão de ácidos graxos que estimulam o crescimento muscular, porém, a ingestão dos mesmos em excesso pode aumentar os níveis de gordura no corpo. Este aumento de gordura corporal, foi demonstrado por estudos, que estimula a liberação do hormônio leptina nas células de gordura, as quais ativam a enzima AMPK tanto nas células musculares quando em outros lugares.
Como já mencionamos anteriormente, a enzima AMPK é o principal regulador de energia celular, que normalmente, são desativados quando estes níveis estão altos. Todavia, quando se consome gorduras em excesso, o acúmulo de energia armazenado nos adipócitos (células de gordura) anula esse princípio regulador e ativa a enzima AMPK. Quando ativada a AMPK inibe a síntese de proteína e o crescimento muscular levado pela via mTOR.
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